terça-feira, 29 de março de 2011

Aula 04 - A Inserção do DS no modelo genérico do PDP

postagem com trechos extraídos da dissertação:

Prado, Gheysa. Protocolo para Definição das Prioridades Sociais no Processo de Desenvolvimento de Produtos. Programa de Pós-Graduação em Design da UFPR, 2010. (orientador: Professor Dr. Aguinaldo dos Santos)


O PDP proposto por Rozenfeld et. al. (2006) é composto, basicamente, por três grandes etapas, o Pré-Desenvolvimento, o Desenvolvimento e o Pós-Desenvolvimento (figura a seguir). Esse modelo, segundo os autores, pode ser adaptado de acordo com a abordagem mais específica a ser utilizada em um dado projeto ou organização.


Etapas básicas do modelo de referência do PDP (FONTE: ROZENFELD et. al., 2006)

Iniciando-se pelo pré-desenvolvimento, há as etapas de planejamento estratégico do produto e o planejamento do projeto a ser executado (figura a seguir). O planejamento estratégico do produto, realizado na fase de pré-desenvolvimento, tem, segundo Rozenfeld et. al. (2006), a revisão do planejamento estratégico de negócios, a análise e proposição de mudanças do atual portfólio da empresa. A definição dos produtos a serem desenvolvidos e a definição acerca das características iniciais destes, como segmento de mercado, recursos necessários, tendências tecnológicas etc. também fazem parte desta etapa. O planejamento do projeto, em si, é a determinação do escopo do projeto e do produto, orçamentos, prazos, definição do pessoal, recursos, procedimentos de avaliação, análises de risco e indicadores de desempenho do projeto e do produto (ROZENFELD et. al., 2006).

Pré-desenvolvimento e suas etapas (FONTE: ROZENFELD et. al., 2006)

Note-se que aqui reside uma diferença fundamental para a abordagem do Design de Serviço, centrada no usuário. No PDP de Rozenfeld é o planejamento estratégico da empresa é a etapa inicial, o que implica na definição de um escopo a priore do mercado e o portfólio de serviços e produtos a serem oferecidos. Enquanto isto, no Design de Serviços, o foco é a satisfação do usuário e isto pode resultar inclusive na necessidade de se implementar uma nova organização. Em uma abordagem centrada no usuário não seria incomum encontrar soluções que não são necessariamente alinhadas com um plano estratégico previamente determinado.

A segunda grande etapa do modelo de referência de Rozenfeld é o "desenvolvimento" propriamente dito. Esta fase é a mais complexa a extensa sendo composta, ao total, por cinco etapas. São elas: os projetos informacional, conceitual e detalhado, a preparação da produção e lançamento do produto (vide figura a seguir).


Etapas do desenvolvimento (FONTE: ROZENFELD et. al., 2006)

O projeto informacional tem como objetivos, detalhar o ciclo de vida dos produtos, definir os requisitos de acordo com desempenho, relação com o meio ambiente, vida em serviço, eficiência, transporte, embalagem, quantidade, infra-estrutura, tamanho e peso, estética, aparência e acabamento, materiais, normas, ergonomia, armazenamento e vida de prateleira, testes, segurança, política do produto, implicações sociais e políticas, responsabilidade do produto, operação e instalações, reutilização, reciclagem e descarte. A definição das especificações meta do produto (parâmetros quantitativos dos requisitos) também faz parte do projeto informacional (ROZENFELD et. al., 2006). Esta esta etapa corresponderia à etapa de "descoberta" dos modelos de Design de Serviços. Há aqui também uma diferença na filosofia de captura destas informações: enquanto no processo ortodoxo do PDP há uma ênfase na observação para captura dos requisitos no processo de Design de Serviço há uma imersão do Designer na experiência do usuário. Esta imersão pode implicar inclusive no Designer exercer o papel de cliente afim de efetivamente entender a dinâmica da experiência.

O projeto conceitual tem a finalidade de modelar o funcionamento do produto (requisitos funcionais e lista de funções), definir princípios de soluções para as funções e desenvolver alternativas de soluções para o próprio produto (bem conhecida no meio do design como fase de geração de alternativas (LÖBACH, 2001)). A análise de sistemas e subsistemas e componentes para a definição de parâmetros, definição da ergonomia e da forma, dos fornecedores e parcerias para co-desenvolvimento, a seleção de alternativa o planejamento do processo de manufatura macro são igualmente fases integrantes do projeto conceitual (ROZENFELD et. al., 2006). Esta etapa também é realizada no Design de Serviço, porém com ferramentas diferentes. Como o serviço é intangível, o foco são nas ferramentas de visualização do processo de realização do serviço e suas características (ex: storyboards, animações).

O projeto detalhado é a etapa na qual as principais definições do produto são concluídas. Nesta são feitas o detalhamento do sistema, subsistemas e componentes e é decidido quanto a produção ou compra destes, bem como suas avaliações (desenvolvimento de modelos e execução de testes), o planejamento dos processos de fabricação e montagem, projeto dos recursos de fabricação (ferramentas, máquinas, equipamentos e instalações necessárias). A otimização de produto e processo (desenhos detalhados com cotas), a criação de material de suporte do produto (manuais de operação e descontinuidade) e sua embalagem (incluindo transporte), o planejamento do fim da vida, testes e homologação do produto também compõe a etapa do projeto detalhado (ROZENFELD et. al., 2006). No Design de serviço esta etapa pode envolver inclusive a realização de validações e testes piloto em ambientes controlados ("mock-up do serviço").

A etapa de preparação da produção no PDP tem como objetivos principais, obter os recursos de fabricação, planejar a produção piloto, receber e instalar os recursos, produzir o lote piloto, homologar o processo, otimizar a produção e certificar o produto. O desenvolvimento do processo de produção e o de manutenção também estão inseridos nesta etapa. No Design de Serviços esta etapa inclui o desenvolvimento de manuais para treinamento e outros elementos necessários para a garantia da robustez do serviço. Isto é particularmente relevante quando há interesse em replicar o serviço em outros locais ou quando há rotatividade do pessoal envolvido no provimento do serviço.

O lançamento do produto é a última fase do desenvolvimento e é a etapa responsável, basicamente, pela definição dos 3 P’s de marketing ainda não definidos, a Promoção, a Praça e o Preço (LAS CASAS, 2005), já que o P de Produto é a essência do PDP. São, portanto, objetivos desta etapa, o desenvolvimento dos processos de venda, distribuição, atendimento ao cliente e assistência técnica, bem como promover o marketing de lançamento, lançar, de fato, o produto fazendo o gerenciamento desta fase. A atualização do plano de fim de vida também faz parte desta etapa (ROZENFELD et. al., 2006). Assim como produtos, o design de serviço também envolve estas atividades, incluindo as ações orientadas à sua descontinuidade. A interrupção de um serviço necessita de planejamento. Em alguns setores esta etapa é inclusive imposto pela legislação de proteção ao consumidor (ex: descontinuidade de serviços na web).






A terceira e última grande etapa do modelo de referência do PDP e que o encerra no âmbito do produto desenvolvido, é a etapa de pós-desenvolvimento. Esta etapa é composta pelas fases de acompanhamento do produto e processo e pela descontinuação do produto (FIGURA 6).
Etapas do pós-desenvolvimento (FONTE: ROZENFELD et. al., 2006)

A fase de acompanhamento de produto e processo tem os seguintes objetivos: avaliar a satisfação do cliente, monitorar o desempenho do produto (técnico, econômico, ambiental, de produção e de serviços), realizar auditoria pós-projeto. Já a fase de descontinuação do produto analisa e a prova a descontinuidade do mesmo, prepara a empresa para o recebimento deste produto, acompanha este recebimento, encerra a produção, finaliza o suporte ao produto e faz a avaliação geral e encerramento do projeto (ROZENFELD et. al., 2006).

Aula 04 - Modelos específicos do Processo de Design de Serviço


É possível inferir que o modelo de Rozenfeld et al. (2006) é suficientemente compreensivo para integrar as etapas e ferramentas específicas do Design de Serviços. Como é um modelo modular, a utilização ou não de suas etapas é uma escolha da empresa e do profissional envolvido no desenvolvimento de um produto ou serviço. Embora o termo PDP - Processo de Desenvolvimento de Produto utilizado naquele livro gere problemas semânticos quanto à sua aplicação em Serviços, pode-se entender que o design do Serviço seria um resultado possível do PDP.
Birgit Marger (2004, p. 67) desenvolveu na Escola Infternacional de Colônia (KISD) uma proposta de modelo sistemático para o processo de design de serviço. Este modelo, embora integre as várias atividades necessárias ao Design de Serviços, não é suficientemente pedagógica e não será utilizado nesta disciplina.
A mesma autora propôs mais recentemente (MAGER, 2009a) um modelo simplificado para o processo de Design de Serviços o qual é composto por 4 fases principais. Neste método o processo de design da experiência do serviço inicia na descoberta de uma oportunidade para um novo serviço ou, alternativamente, oportunidade de melhoria de um serviço existente. Esta fase define a base informacional e os parâmetros de decisão para as próximas fases. Subsequentemente é realizada a etapa de criação propriamente dita, seguida de uma etapa de verificação quanto à pertinência das soluções no mundo real. Somente então é realizada a fase de implementação, a qual envolve novamente uma etapa de descoberta onde se procura avaliar a efetividade da solução desenvolvida bem como novas oportunidades de melhoria ou inovação. O design de serviço neste modelo não têm, portanto, uma etapa final mas caracteriza-se por ser um processo contínuo.

O modelo apresentado a seguir (DGSE process) segue uma descrição do processo de Design de Serviço onde também há na etapa inicial a "descoberta", a qual consiste também de coleta de informações sobre o problema afim de entender a dinâmica da experiência e os requisitos do usuário. Assim como os modelos anteriores há subsequentemente uma etapa de criação onde o repertório de possibilidades é ainda amplo. É na etapa seguinte que há então a realização da "síntese" das proposições, procurando alinhar com os requisitos identificados na primeira etapa. Somente então é buscado a implementação do serviço no mundo real. Note-se que no modelo de Birgit Mager descrita acima há um esforço de verificação da pertinência da proposição ao mundo real antes de se efetivar a implementação. A etapa de síntese não é explícita naquele modelo, estando inserida dentro da etapa de "criação".
Moritz (2005) procura estabelecer um modelo genérico que integra as etapas verificadas em modelos de outros autores. Sua proposta envolve 6 etapas (vide figura a seguir):
(1) Entendendo o DS - aprender as necessidades dos clientes, contexto, pretadores de serviço, restrições, explorando as possíveis soluções;
(2) Thinking DS - Análise estratégica, contribuindo para a identificação de critérios, configuração, revisão, análise e planejamento do projeto; (3) Gerando DS - Desenvolver idéias e conceitos inovadores ;
(4) Filtrando DS - Selecionar idéias e combinar conceito, avaliando resultados e soluções;
(5) Explorando DS - Visualização das idéias e conceitos por todos os sentidos, mapeamento dos processo e ilustração dos potenciais cenários; e
(6) Implementando DS - Desenvolvimento, especificação e implementação das soluções, protótipos e processos. Plano de negócio, diretrizes e treinamento.
Na diciplina de Design de Serviços adotaremos o modelo genérico do Moritz com estrutura para o projeto.

Aula 04 - Modelos orthodoxos do PDP


Extrato do capítulo 02 de:


2.2 Modelo Proposto por Rozenfeld (et al., 2006)

O modelo proposto por Rozenfeld (et al., 2006), desenvolvido de forma colaborativa entre diversos pesquisadores da área das Engenharias – principalmente de Produção – é dividido em três macro-fases, descritas a seguir:

a) pré-desenvolvimento – onde devem ser definidos o portfólio de produtos e projetos, e, de acordo com a estratégia da empresa, os objetivos de cada projeto. Esta macro-fase divide-se em Planejamento Estratégico do Produto e Planejamento do Projeto;

b) desenvolvimento – esta macro-fase envolve o processo de detalhamento e produção do produto. Divide-se em Projeto Informacional, Projeto Conceitual, Projeto Detalhado, Preparação da Produção e Lançamento do produto; e,

c) pós-desenvolvimento – consiste, de forma geral, num monitoramento do produto até o fim do seu ciclo de vida. Dividindo-se em Acompanhar o Produto e Processo e Descontinuar o Produto.

Neste trabalho, como apontado no Capítulo 1, será dado foco nas macro-fases iniciais deste modelo de PDP, ou seja, o pré-desenvolvimento e o desenvolvimento, nas quais o designer tem usualmente papel mais ativo nas decisões e criações.

Portanto, a inserção de ferramentas do design sustentável, neste modelo, deve ser feita, principalmente, até a fase do Projeto Detalhado. A partir da fase de Preparação da Produção, mudanças são mais complexas e de maior custo (ECOLIFE NETWORK, 2002).

No pré-desenvolvimento, o objetivo do Planejamento Estratégico do Produto é a definição de um portfólio de produtos para a empresa, ou seja, descrever uma linha de produtos e os projetos a serem desenvolvidos. No que diz respeito aos produtos, para os que já estão no mercado deve-se montar um plano de retirada; e, para os produtos que serão desenvolvidos, deve conter uma primeira descrição de características e metas (ROZENFELD et al., 2006).

Nesta fase de Planejamento do Projeto deve resultar um “Plano do Projeto”. Este, por sua vez, deve conter o escopo do projeto e do produto, orçamento, prazos, definição do pessoal, recursos, procedimentos de avaliação, análises de risco e indicadores de desempenho do projeto e produto (ROZENFELD et al., 2006).

A macro-fase de desenvolvimento inicia-se com o Projeto Informacional, do qual devem resultar as especificações-meta do produto, que orientam a geração de soluções e fornecem uma base para elaboração de critérios de avaliação e tomadas de decisão. A fase seguinte trata do Projeto Conceitual, o qual objetiva a busca, criação, representação e seleção de soluções para o problema de projeto (ROZENFELD et al., 2006).

No Projeto Detalhado, são realizadas todas as especificações e detalhamentos, os protótipos são testados resultando no detalhamento de todos os recursos, manuais de uso, instruções de assistência, além de suporte aos vendedores. Finalmente, na Preparação da Produção é produzido um lote de produção piloto, permitindo que o processo produtivo seja mapeado e melhor definido. Por fim, ocorre o Lançamento do Produto, em paralelo com a fase descrita anteriormente, mapeando processos de assistência técnica e auxílio ao consumidor (ROZENFELD et al., 2006).

Nas duas primeiras fases do desenvolvimento – neste modelo de PDP –, percebe-se um papel mais ativo do designer. Ele é o responsável por dar forma (através de um produto ou serviço) às necessidades da indústria e da sociedade – do usuário –, unindo requisitos estéticos, tecnológicos e de marketing transformando-os em produtos, sistemas ou serviços (BHAMRA & LOFTHOUSE, 2007; ICSID, 2009).

2.3 Outros Modelos de Referência para o PDP

Nas seções a seguir, outros modelos serão discutidos, para que possam ser observados os aspectos comuns entre os mesmos. Estes apresentam uma estrutura simplificada e, desta forma, podem indicar fases mais críticas no que diz respeito ao papel do designer e à inserção das ferramentas do design sustentável.

2.3.1 Modelo Proposto por Baxter (2000)

O modelo de Baxter (2000), que confere maior ênfases às etapas correspondentes ao pré-desenvolvimento e desenvolvimento descritas por Rozenfeld (et al., 2006). Para o autor, o processo divide-se em cinco fases básicas, compreendendo:

a) Oportunidade de negócio e especificações do projeto – nas quais são analisados o mercado e o potencial consumidor no intuito de identificar um ponto de inserção e possíveis características do produto;

b) Projeto conceitual – fase de geração de conceitos;

c) Projeto de configuração – fase em que os conceitos são trabalhados, gerando-se alternativas;

d) Projeto detalhado e projeto de fabricação – nestas fases o produto é especificado, são feitos maiores detalhamentos e sua fabricação.

Percebe-se uma proposição mais simplificada, em relação à proposta de Rozenfeld (et al., 2006). As 5 etapas apresentadas por Baxter (2000), correspondem às 2 primeiras macro-fases daquele, não compreendendo a macro-fase de pós-desenvolvimento.

2.3.2 Modelo Proposto por Pereira (2003)

Seguindo uma proposta de modelo para o desenvolvimento de produtos sustentáveis, Pereira (2003), divide o PDP em três fases:

a) Etapas preliminares: na qual são definidas as necessidades e o problema a ser respondido, é feita uma pesquisa de produtos existentes, resultando no planejamento do projeto. Ao final desta etapa, a autora propõe a inserção de uma abordagem ecológica na pesquisa, utilizando, inclusive, a manufatura inversa (desmontagem, remanufatura em pequenos ciclos de reciclagem);

b) Etapas de abstração: são feitas a análise funcional, definição de prescrições, o projeto preliminar e a confrontação de limitações. Seguindo a abordagem para sustentabilidade a autora propõe a utilização de cheklists para verificar se o produto possui uma adequação ecológica e para identificar pontos que necessitam de um re-design;

c) Etapas de aplicação: na qual são realizadas a escolha da solução, detalhamento do projeto, planejamento da produção e a entrega ao cliente. Nesta fase a autora propõe o uso de uma Análise do Ciclo de Vida, como forma de validação ecológica do produto e dos materiais.

A autora evidencia, ainda, a necessidade de executar uma pesquisa permanente de materiais, constante durante todo o desenvolvimento. Pode-se, a esta pesquisa, acrescentar uma busca por produtos similares e novos processos e tecnologias.

2.3.3 Modelo Proposto por Varžinskas (2007)

Varžinskas (et al., 2007) propõe um PDP adaptado ao design sustentável, já inserindo, nas ações de cada fase, propostas de adequação ambiental, dividindo-o em três fases:

a) Escopo e avaliação ambiental: na qual são definidos os objetivos do projeto e são feitas uma pesquisa e análise quanto à adequação ambiental do produto. Esta análise, segundo o autor, pode ser feita através de resultados quantitativos ou qualitativos. Ao final desta fase são obtidos os objetivos e tarefas específicos da fase seguinte;

b) Conceito e segunda avaliação: são realizadas a geração de i

déias e priorização de ações, desenvolvendo, assim, um conceito; este, então, é avaliado ambientalmente, definindo um novo produto;

c) Prototipagem e avaliação do projeto: são definidas as especificações do produto e feitos testes com um protótipo, passando-se então para o desenvolvimento do produto final, que é novamente avaliado ambientalmente após a produção e, desta forma, são obtidas recomendações para novos produtos.

Percebe-se, como na proposta de Pereira (2003), um menor número de etapas propostas, e, como na proposta de Baxter (2000), a não contemplação da macro-fase de pós-desenvolvimento.

2.3.4 Modelo Proposto por Charter e Tischner (2001)

Charter e Tischner (2001) dividem sua proposta de modelo de PDP – com foco na sustentabilidade – em seis fases:

a) Definição de objetivos e escopo: deve ser realizada uma pesquisa de produtos existentes. Os autores propõem a utilização de um checklist ambiental para descobrir as fraquezas – oportunidades;

b) Desenvolvimento de alternativas: utilizando os requisitos gerados na fase anterior, são desenvolvidas as primeiras idéias, a través de seções de brainstorming. Os autores propõem a utilização de matrizes de decisão para definir as prioridades de melhoria, segundo requisitos ambientais, custo, aplicabilidade técnica e benefícios ao consumidor. São definidas as possibilidades de materiais, tecnologias, processos e estética, além do cronograma;

c) Pesquisa e compilação de dados ambientais: de acordo com as propostas anteriores, os especialistas de cada área são responsáveis por elaborar uma pesquisa de dados ambientais para cada requisito. Por exemplo, no caso dos materiais, quais possibilitam a reciclagem, ou aumentam a longevidade do produto (caso seja essa a necessidade);

d) Detalhamento: as informações coletadas anteriormente circulam entre os membros da equipe de desenvolvimento para o detalhamento dos dados. Para isso, os autores preconizam a utilização de uma checklist ambiental, priorizando ações e materiais;

e) Avaliação final: após o detalhamento, a equipe utiliza um diagrama de teia de aranha para comparar o novo produto com os já existentes, de acordo com as prioridades definidas;

f) Produção e lançamento no mercado: um protótipo é desenvolvido e testado e ajustes finais são realizados. Desta forma o produto é, então, lançado no mercado.

Percebe-se uma maior divisão de etapas em relação aos modelos de Pereira (2003) e Varžinskas (et al., 2007). Entretanto, algumas destas etapas são contínuas (realizadas durante todo o processo) e/ou são realizadas ao mesmo tempo – no que diz respeito à sua correspondência com o modelo de Rozenfeld (et al., 2006).

2.3.5 Modelo proposto por CRUL e DIEHL (2006)

O modelo desenvolvido por Crul e Diehl (2006), propõe dez fases para o desenvolvimento de um produto sustentável.

a) Criação da equipe e planejamento do projeto: devem reunir todos os possíveis membros do projeto, de diferentes áreas e pertencentes, ou não, à empresa;

b) Desenvolvimento de uma análise SWOT[1] e definição dos objetivos: tendo como base uma análise SWOT, são definidos os objetivos para o projeto, tendo como base o design sustentável;

c) Seleção do produto: deve ser feita baseada nos resultados do passo anterior, com foco na sustentabilidade;

d) Definição de requisitos sustentáveis para o produto: determinar, dentro das possibilidades e do produto selecionado, quais requisitos do design sustentável serão aplicados;

e) Análise de impactos: nesta fase devem ser analisados o ciclo de vida do produto e os conseqüentes impactos que terão ação priorizada. Nesta fase os autores indicam a utilização de matrizes de análise;

f) Desenvolvimento da estratégia e do briefing com foco no design sustentável. Os autores orientam o uso de ferramentas de estratégia;

g) Geração e seleção de idéias;

h) Desenvolvimento dos conceitos: as idéias geradas anteriormente são mais bem detalhadas e exploradas;

i) Avaliação sob a visão do design sustentável: é feita uma análise quanto às melhorias obtidas com o novo produto;

j) Implementação e acompanhamento: envolve a prototipagem, teste, planejamento

da produção e testes de mercado; além de monitorar o desempenho do produto em uso.

Assim como no modelo proposto por Charter e Tischner (2001), há diversas fases realizadas que compreendem à mesma etapa – relativo ao modelo de Rozenfeld (et al., 2006) – sendo, assim, realizadas num mesmo momento.

2.3.6 Discussão

Como pode ser visto, tanto Rozenfeld (et al., 2006) quanto Baxter (2000), trazem uma abordagem geral para o modelo de referência de desenvolvimento de produtos. Entretanto, percebe-se que o modelo proposto por Rozenfeld (et al., 2006) possui um nível maior de detalhamento das fases. Além disto, deve-se observar que existem autores que buscam propor modelos de referência com ênfase e ferramentas específicas da sustentabilidade.

Entre os modelos de PDP com foco na sustentabilidade, tem-se a proposta de PDP de Pereira (2003), que, como o proposto por Rozenfeld (et al., 2006), também é dividida em três partes. Entretanto, pode-se perceber a sobreposição de fases observando-se que a última fase da proposta de Pereira (2003) – “Etapas de Aplicação” – integra ações tanto do desenvolvimento –

escolha da solução, detalhamento do projeto e planejamento da produção – quanto do pós-desenvolvimento – a entrega do produto –, da proposta de Rozenfeld (et al., 2006).

Varžinskas (et al., 2007), propõe um modelo de PDP que integra o design sustentável no processo de projeto. Contudo, não propõe métodos ou ferramentas específicos do design sustentável, como checklist constantes na proposta de Pereira (2003). Devido à simplificação e menor abrangência, a última fase corresponde a especificações e prototipagem, correspondendo ao final da macro-fase de desenvolvimento, da proposta de Rozenfeld (et al., 2006).

No modelo de Charter e Tischner (2001), percebe-se que sua fase inicial – Definição de objetivos e escopo – corresponde ao Pré-desenvolvimento e parte do Projeto Informacional da proposta de Rozenfeld (et al., 2006), além apresentar ações voltadas ao design sustentável, como a indicação de aplicação de checklists ambientais, da pesquisa de dados ambientais, buscando um menor

impacto do produto.

Na proposta desenvolvida por Crul e Diehl (2006), as dez fases se sobrepõe às da proposta de Rozenfeld (et al., 2006), além de possuir ações direcionadas ao design sustentável. Como pode ser visto na Figura 2, as três primeiras fases correspondem ao Pré-desenvolvimento.

Como pode ser visto, ainda, a proposta de Crul e Diehl (2006) estende-se ao acompanhamento do produto, diferenciando-se das anteriores – BAXTER, 2000; PEREIRA, 2003; VARŽINSKAS, ET AL., 2007; CHARTER E TISCHNER, 2001 –, que consideram seu modelo do PDP como encerrando na macro-fase de Desenvolvimento.

Para facilitar a visualização das semelhanças e diferenças em relação aos modelos coletados, foi desenvolvido um esquema gráfico.

Neste esquema as etapas de cada proposta são dispostas graficamente uma abaixo da outra, e nesta disposição as fases correspondentes são sobrepostas tendo o início dos processos na extremidade esquerda. Ou seja, no caminhos que se seguem da esquerda para a direita as etapas correspondentes estão posicionadas na mesma distância. Os modelos que apresentam fases com fundo branco são aqueles que possuem, inseridos em sua estrutura, ferramentas ou atividades direcionadas ao design sustentável.

Desta forma, percebe-se que a proposta de Rozenfeld (et al., 2006) possui uma abrangência maior no que diz respeito às fases do PDP, enquanto Baxter (2000) possui uma abordagem mais direcionada às fases de pré-desenvolvimento e desenvolvimento, relativas às fases de coleta de dados e criação, apesar de apresentarem um nível de detalhamento diferente.

Pereira (2003), Varžinskas (et al., 2007), Charter e Tischner (2001) propõe modelos que correspondem às fases estratégicas e de coleta de dados ao lançamento do produto. A principal diferença entre três modelos, em particular, e os dois anteriores – Rozenfeld (et al., 2006) e Baxter (2000) – é o uso de ferramentas específicas do design sustentável. Além disto, como proposto por Varžinskas (et al., 2007) e Crul e Diehl (2006), a própria forma de abordagem das etapas deve sempre ser feita sob uma visão da sustentabilidade.

Com a observação destes diferentes modelos de referência, com foco na sustentabilidade, percebe-se que, segundo estas propostas, as principais ferramentas do design sustentável propostas são relativas à priorização de ação e avaliação.

Pode-se observar, pelos modelos propostos específicos do design sustentável, que sua diferenciação se faz principalmente pelo uso de ferramentas em fases específicas e pela pesquisa de materiais de menor impacto. Desta forma, percebe-se que existe a possibilidade de direcionar um modelo de referência genérico a um processo com menor impacto ambiental. Não havendo necessidade de desenvolvimento de modelos específicos, mas sim a possibilidade de desenvolver uma abordagem sustentável através inserção de ferramentas do design sustentável.

Após a análise destes modelos de referência, levantados na literatura, com o intuito de facilitar e uniformizar a linguagem, neste trabalho será tomado como referência o modelo proposto por Rozenfeld (et al., 2006) por possuir uma estrutura bastante detalhada e adaptável a necessidades específicas. Como proposto pelos autores, este modelo pode/deve, ainda, ser modificado e/ou adaptado às necessidades de cada projeto.


[1] A análise SWOT, busca identificar Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) (ANTÓNIO, 2002)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Aula 04 - Painel Semântico/Sensações

Título:

Painel Semântico/Painel Emocional (Moodboard)

Descrição:

É um instrumento visual que busca sintetizar a cultura material e a atmosfera que circunda o usuário, utilizando imagens do contexto real ou imagens de outros contextos mas que tenham significado semelhante ao pretendido.


Vantagens

  • Ajudam a separar "conceito" da forma de um produto ou serviço, contribuindo para manter a janela de criação aberta no processo de projeto;
  • ajuda a construir consenso dentro do grupo de pesquisa quanto ao conceito ou aspectos críticos do usuário;
  • Permite envolver mais pessoas no processo de design desde que seja construído permitindo fácil entendimento;
  • Quanto orientado a apresentar o conceito de um produto ou serviço permite uma "prototipagem rápida" do conceito, acelerando o teste/validação de idéias e proposições ainda na fase inicial;

Como aplicar?

Não existe uma forma única de se construir um painel semântico: o fundamental é que comunique visualmente de forma rápida um aspecto do usuário (ex: sentimento, medos, gostos). Desta forma, uma forma rápida é a utilização de imagens de produtos e situações que circundam uma indivíduo representante da população alvo. Alternativamente, quando há a necessidade de se comunicar um estado futuro, onde não há imagens referenciais no presente, utiliza-se imagens de outras fontes como bancos de imagens.

A organização da distribuição das imagens é de grande relevância pois pode ser necessário apontar uma ordem temporal ou o grau de importância. Para auxiliar esta comunicação podem ser necessários a utilização de artifícios como palavras, ilustrações ou mesmo intervenções diretas nas imagens utilizadas.

Exemplos de aplicação:

(extraídos da web)














Aula 04 - Paparazzi

Título
Paparazzi

Descrição

O método de pesquisa “paparazzi” consiste em uma pesquisa etnografia visual com ativa participação do próprio público alvo. É o olhar do próprio usuário no registro visual.

Como aplicar?

É fornecido uma câmera fotográfica às pessoas pesquisadas e é pedido que registrem, com as câmeras, imagens que representem situações – relativas ao seu dia-a-dia –, ou objetos. O foco destas fotos podem ser tanto os objetos ou atividades que resultam em satisfação “positiva” como “negativa”. Cada pessoa recebe um “diário” onde poderia anotar as razões e impressões associadas às imagens que coletaram.

Vantagens

Esse método é recomendado quando a presença do pesquisador pode influenciar no comportamento dos pesquisados, ou quando o mesmo é impossibilitado por determinadas situações que possam gerar algum constrangimento. A foto etnografia é uma forte ferramenta complementar às entrevistas e pesquisas por observação, para triangulação de dados e validação da mesma.

Exemplo de Aplicação

Para o desenvolvimento da pesquisa piloto do Projeto Eco-Agregado, foram entregues câmeras digitais aos pesquisados. Junto, foram entregues um bloco de notas, uma caneta e um cartão com ícones de positivo e negativo (ícone sorrindo e ícone triste). O cartão iconográfico foi utilizado para representar condições de satisfação e insatisfação em cada foto, pedindo aos pesquisados que adicionem à composição fotográfica os cartões com a face positiva ou negativa, por exemplo: se, por algum motivo, não gostam da mesa da cozinha, colocam o cartão com o lado negativo direcionado para a câmera e registram no bloco de notas o que foi fotografado (a mesa da cozinha) e o porquê (não tem uma altura adequada, ou é muito pequena, ou não gostam do material, etc).

Foram explicados os procedimentos para operar a câmera e pediu-se que registrassem nas fotografias artefatos ou situações que lhes agradavam ou incomodavam e, ainda, soluções vernaculares, ou seja, produtos desenvolvidos de forma empírica pelos mesmos e que atendem as suas necessidades.


Vide outro exemplo de aplicação no artigo disponível no google docs da disciplina:

Patterns of conservation and domestic water use in different cultures: a comparison between Mexico and the UK - Gloria María Elizondo‐Elizondo

terça-feira, 22 de março de 2011

Videos sobre a Brastemp

(mensagem enviada via e-mail do Helder Filipov - Advance Design - Whirlpool)

Assistam os vídeos do canal da Brastemp no Youtube. É uma boa maneira de ir se sensibilizando com relação à marca e aos conceitos que a embasam.

http://www.youtube.com/user/Brastempbr


Destaque para:

>> http://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4

>> http://www.youtube.com/watch?v=niYDLivMXZ0

A marca é o principal patrimônio da empresa, vocês vão projetar para ela...

Por isso é essencial a imersão no contexto a qual ela está inserida!

Aproveitem, pois o material é muito inspirador!

Aproveito para avisá-los: amanhã às 15 horas, teremos um bate papo via skype com vocês... O gerente de Advanced Design da Whirlpool, Jorge Pietruza, vai participar comigo desse papo. Será o primeiro contato nosso com vocês, portanto conto com a "presença" de todos...


segunda-feira, 14 de março de 2011

Aula 02 - Diferenciando produto de serviço

A dissertação do Moritz apresenta uma didática forma de se estabelecer a diferença entre produto e serviço sob a ótica do Design.
  • Produtos são intangíveis: a percepção de sua eficácia e eficiência dependerá fundamentalmente da interação do indivíduo com o Serviço e, desta forma, o resultado será diferente de indivíduo para indivíduo;
  • Serviços implicam necessariamente em consumo: embora estejamos defendo a busca pelo desenvolvimento de serviços "sustentáveis", é fato que todo serviço (assim como toda atividade humana) implica em algum impacto ambiental, social ou econômico. Contudo, há um número crescente de exemplos de serviços que tem contribuído para mudar a natureza do processo de consumo, contribuindo com o aumento do compartilhamento de bens materiais, extensão do ciclo de vida, minimização do consumo, dentre outras contribuições;
  • Serviços são difíceis de estocar: embora Moritz argumente que serviços não podem ser "estocados" há uma variada gama de exemplos onde serviços, principalmente no ambiente virtual, que são realizados sob demanda (ex: aulas de música online);
  • Serviços não podem ter propriedade: salvo procedimentos patenteados em setores muito específicos, os fluxos de realização de um serviço não são passíveis de atribuição de propriedade. Apesar disto é notório que "copiar" um serviço é uma atividade muito difícil entre empresas o que confere a esta atividade uma vantagem competitiva aos que alcançam excelência em relação aos competidores. Há, dentre outros aspectos, o efeito da "curva de aprendizagem" de um serviço, que faz com que novos entrantes tenham que despender uma grande quantidade de tempo para emular práticas de concorrentes;
  • Serviços são atividades complexas: a complexa teia de inter-relações decorrentes dos fluxos de pessoas, produtos, materiais, financeiros, informação e máquinas, aliada à inerente variabilidade destes fluxos faz do Design de Serviços uma das mais complexas atividades de desenvolvimento pelo profissional Designer;
  • Qualidade é difícil de medir: as expectativas entre usuários do mesmo serviço podem diferir grandemente, o que implica em grande dificuldade em se estabelecer parâmetros universais para medir a qualidade de um dado serviço.

Marketing de serviços avança como grande aliado das empresas

http://www.mundodomarketing.com.br/17839,artigos,marketing-de-servicos-avanca-como-grande-aliado-das-empresas.htm



Por Gauthama Nassif*

O setor de serviços é, sem dúvidas, o que mais cresce nas cidades brasileiras. Hoje, é inquestionável o domínio que a prestação de serviços exerce no desenvolvimento dos negócios de cidades globais como São Paulo, por exemplo. Mas há um aspecto estratégico a que as empresas devem se atentar no cenário atual, que contribui diretamente para o aperfeiçoamento do trabalho oferecido aos clientes: é o chamado marketing de serviços.

Num momento em que esse segmento domina gradativamente a atual dinâmica da economia, uma necessidade emergente é traçar estratégias que sustentem a intangibilidade da prestação de serviços. Ou seja, uma vez que eles não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou tocados antes de serem comprados, está nesse ponto a necessidade e o desafio das companhias em desenvolverem ações que considerem essas particularidades e que reduzam a incerteza dos consumidores em relação à qualidade dos serviços.

O ponto crucial do marketing e prestação de serviços de uma empresa integra um item básico: serviços são executados por pessoas. O marketing não pode ser considerado apenas um departamento dentro de uma empresa, mas sim a empresa como um todo, pois todos os colaboradores de uma companhia, direta ou indiretamente, são responsáveis pelo marketing.

É inquestionável que para demonstrar a qualidade dos seus serviços, a empresa necessita ter estrutura física, apresentação, equipamentos e aparência impecáveis. Mas o papel desempenhado pelos funcionários é fundamental. O contato pessoal é a base da prestação de serviços e uma equipe capacitada que trata o cliente com exclusividade e realiza sua função com propriedade é a garantia de sucesso do negócio. Por essa razão, para uma boa imagem empresarial e conquistar a satisfação do cliente, é ideal que os funcionários apresentem competência, interesse, capacidade de resposta, iniciativa, habilidade de solucionar problemas e boa vontade.

Ações diferenciadas podem garantir o equilíbrio entre oferta e demanda em períodos críticos em que essa relação não está ocorrendo. Outra tendência que confirma essa necessidade e se consolida cada vez mais, é de que o marketing de serviços baseia-se em pesquisas. É necessário que as empresas busquem a informação por meio de estudos especializados, realizem o monitoramento da concorrência, além de identificarem onde estão os pontos fracos da companhia em relação ao atendimento ao cliente e os pontos fortes que estão consolidados, mas precisam de aperfeiçoamento constante.

Estruturar normas fundamentais para atender às necessidades do cliente é algo importante como conhecer todo o processo da prestação de serviços. Identificar as etapas que o compõe e classificá-lo de acordo com sua categoria, traz à tona suas principais características e permite avaliar o que o consumidor espera do profissional de serviços.

Com isso, é possível transformar as expectativas das pessoas em trabalho realizado. Serviço não é apenas preço. O preço é importante sim, mas o consumidor opta por um produto ou serviço movido e envolvido por valores integrados, emocionais. Em tempos de web 2.0, o marketing de serviços ganha um importante aliado para alavancar a consolidação das ações estratégicas: são as redes sociais, além do próprio Google. Se bem utilizadas, tratam-se de fortes ferramentas que legitimam o conceito e políticas adotadas pelas empresas bem como o relacionamento com consumidores potenciais.

*Gauthama Nassif é Gerente de Marketing do Grupo Brasanitas.

quarta-feira, 9 de março de 2011